segunda-feira, 4 de março de 2013

Marca Pessoal (personal branding): Hoje mais do que nunca!


Tempo atrás tive a oportunidade de ler um artigo que achei sumamente interessante, sobre a "Marca Pessoal" (o Personal Branding), e como isto é de vital importância para os executivos de hoje em dia. Automaticamente vieram a mim várias lembranças sendo que faz vários anos soube adquirir um livro que me chamou a atenção, não era outro que o conhecido autor Tom Peters, "A Marca Você". A partir daí é que pude entender que não se tratava somente de pertencer a uma grande firma, conhecer muito sobre uma ou várias tecnologias, ter um empreendimento o dar conferências, mas também de saber capitalizar cada uma destas qualidades e atividades como catapulta e alavanca da ação para gerar uma marca pessoal. Utilizar todos esses elementos do currículo pessoal para construir uma marca registrada da gente. Mas, como é que surge isto?

No passado, com só permanecer na sombra era possível desfrutar de certa segurança... hoje em dia, isso é muito mais difícil. (Michael Goldhaber, Wired)

Não se comprometa, querida. Você é tudo o que tem. (Janis Joplin)

Desta maneira, a globalização, a concorrência, as grandes demissões em massa, crise como a de 2001 na Argentina, no mundo e ainda hoje as que estão vigentes nos países da Europa, fazem levar em conta ao executivo que título e experiência são somente uma parte, tem que sair a se vender e achar novas formas de mostrar as qualidades profissionais, o potencial e os valores. Peters faz varias referências a isto, "a revolução dos pescoços brancos" ele diz, mas na sua resenha que ele mesmo apelida de alarmista não fazia outra coisa que contar uma realidade. O funcionário "tipo" é um fator substituível, se seu trabalho não tiver nada de especial por mais que se esforce ninguém prestará atenção e o que é óbvio, começará a ganhar menos. A chave está na re invenção pessoal…e Tom diz: Faça isso você mesmo, antes que eles o façam com e por você. Então, quando nos damos conta da realidade ou nos "fazem" cair na realidade que a segurança laboral não existe, é momento de tomar a iniciativa e se re-inventar. Tom realmente aprofunda muito mais no tema, o ponto em questão não se acha em pensar que o trabalho ou o escritório sejam maus, pelo contrário que não são o único e que cada um pode e deve fazer de si mesmo algo mais.

É então que hoje em dia se acham várias ferramentas a disposição para permitir melhorar e difundir o perfil pessoal de cada um. Escrever em blogs, ter os dados atualizados no LinkedIn, comentar sobre temas de interes no Twitter são alguns dos caminhos. Isto definitivamente não é uma fórmula de sucesso, é somente uma parte do processo, o verdadeiro valor está no que cada um é e faz. Resurge então - e como parte deste processo - um conceito que não é para nada original e existe desde séculos, "a especialização".

Conceitos básicos e claros:
Oficio = habilidades vendíveis!
Diferenciação = Memorável!
Criar uma rede de conexões = Publicidade de boca em boca!

A chave é o "ser especialista" e se destacar em algo pontual que a gente saiba fazer muito mas muito bem!

O futuro das carreiras profissionais será encontrar o especialista do especialista. Hatum, doutor em Management and Organization da Warwik Business School da Inglaterra.

No mundo laboral que vem, a estabilidade deixará de ser a variável central que nos ofereçam as firmas. A constante mudança nos obriga a ser inovadores. Hugo Pardo Kuklinski, diretor executivo da Imagine Postdigital, fundador da Funky Mobile Ideas.

Mas hoje em dia, ainda que não estejamos vivendo esses momentos de explosão de bolhas, se faz imprescindível deixar o anonimato do cubículo ou escritório para mostrar ao mundo o que a gente sabe. "Eu como marca", "a marca pessoal"..., são tópicos que expõem que você deve se ver como sua própria firma e que requer a mesma dedicação e difusão do que você faz e do que você é.

O carpinteiro modela a madeira. O arqueiro modela a flecha. O homem sábio modela-se a si mesmo. (Buda)

Mas isto não é tão simples como parece, e para ir fechando deixo justamente a pergunta chave que pode dar começo a um novo tópico: O que é que eu quero ser? O que é que quero representar?

Martin Frias (diretor da Pragmativa Digital Marketing), em um artigo para a revista de ex-alumnos do IAE diz: é importante ter bem em claro para onde a gente aponta. Não tem que simplesmente subir na onda por um tema de moda. A ideia é gerar conteúdo.

Desta maneira, este simples conceito tem suas voltas e poderiamos realmente nos extender muito mais. A seguinte lista é um resumo entre os conceitos do artigo original que inspirou este post e o livro de Tom. É uma lista a modo de pautas a levar em conta na hora de procurar implementar este processo de "Eu como marca":

1) Ter o objetivo claro: O que é que eu quero ser? e Como quero realmente ser reconhecido?

2) Compromisso absoluto com o projeto próprio.

3) Você é seus clientes, portanto se conecte com eles!

4) Você é sua agenda de endereços, nunca deixe de ampliá-la!

5) Atualização, mantenha seu perfil atualizado.

6) Honestidade, a mentira é a pior inimiga. A confiança e a transparência são duas das ativas mais valiosas que fecham o conceito da marca pessoal.

7) Auto-promoção, participe nas conferências e medios de forma ativa e assídua.

8) Aportar valor, tem que ter presente que aquilo que você diz ou escreve deve adir valor a sua audiência.

9) Prova e erro, para aprender é preciso errar. Se bem é importante ser cuidadoso, levar em conta que na web fica tudo!

10) Sair e Animar-se!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Windows Phone: Um ponto de vista Técnico e Comercial


Recentemente tive a oportunidade de participar de um Bootcamp da Nokia orientado a nos introduzir no mundo do Windows Phone. O curso veio nada mais e nada menos que junto a IT Master, o instituto mais importante no que respeita a ensino de tecnologia, reconhecido inclusive a nível mundial por RIM e Nokia. O instrutor Jackson Feijó Filho, veio expressamente do Brasil e pertence à equipe de desenvolvimento da Nokia já faz mais de 8 anos.

Do ponto de vista tecnológico a plataforma tem sido muito bem pensada e com bom design. Vou tentar resumir nos seguintes pontos (desculpem, mas é a seção geek do artigo):
O entorno de desenvolvimento está 100% integrado no já existente Visual Studio, permitindo desenvolver no VB.Net e C# entornos e linguagens já conhecidas por muitos dos desenvolvedores.
A interfase visual é muito simples e fácil de utilizar no estilo Microsoft.

Drag & Drop, e rápidamente o desenvolvedor está incorporando componentes. Doble Click para incorporar o código em cada evento. Algo que até hoje a Android não possui, mas que o XCode da Apple, não deve invejar para nada.

Os projetos de tipo XNA, destinados ao desenvolvimento de jogos também apresentam um framework de trabalho que pode-se compreender e assimilar rápidamente.

É claro que, como em todas as plataformas, na hora de realizar aplicações complexas o desenvolvedor deverá aprofundar na Silverlight e XNA.

A experiência do usuário é claramente diferente. Microsoft baseou seu design em algo que chamou "Metro". Sob este novo conceito Microsoft põe o foco no conteúdo e sua tipografia, e nem tanto no gráfico, gerando uma experiência realmente diferente ao que estamos acostumados a ver no iPhone ou celulares com Android. Sobre isto baseou também Windows 8 o que permite, tanto quanto Apple, "unir os pontos" e gerar uma experiência única e uniforme para o usuário (isto era algo que ainda não tinha Microsoft).

Agora sim, indo ao ponto de vista do negócio, se bem que é uma plataforma em ascenso em quanto às vendas e adoção tanto por parte das grandes marcas como dos usuários e também dos desenvolvedores, é claro que requer um pouco mais de tempo. Nos Estados Unidos, enquanto iOS e Android concorrem pelo mercado (na realidade Android ganha por 60/40), Windows Phone só alcança um 3% de inserção. Ainda assim o mercado apresenta que o usuário está preparado para a mudança.



Apple conta com mais de 650.000 aplicações e 250.000 para iPad. Android conta com mais de 600.000 na sua totalidade. Windows Phone está superando as 120.000.

O detalhe a salientar se encontra em que Windows Phone surgiu faz apenas 2 anos, significa que tem dado um pulo muito grande em quanto a aplicações e adoção em comparação com a curva da Apple e Android.

Todo o contexto da assinatura e publicação tem se facilitado e muito. As aplicações podem-se publicar a nível global e, assim como na Apple, se deve possuir uma assinatura anual segundo seja individuo, estudante ou empresa.

A amoedação das aplicações tem seus clássicos dois lados, o da venda e o da publicidade. Outro detalhe a salientar é que as aplicações pagas podem-se baixar como "trial", o que permite ao usuário testar e se desejar, pagar.

Fazendo um pouco de research, não está presente a possibilidade de incorporar Ads em aplicações nativas por parte de muitas das grandes empresas que prestam justamente este serviço, falamos de Exchanges o DSP que servem publicidade OnLine e também tem se extendido a mobile cobrindo maiormente iOS e Android, exemplo:

AdMob (http://www.google.com/ads/admob/), plataforma da Google (ou adquirida pela Google), permite a inclusão de Ads para Windows Phone. Idem, Mobclix (http://mobclix.com/).
Não poderia faltar a própria plataforma da Microsoft Ad (http://advertising.microsoft.com/mobile-apps).

Surpreendentemente, Hunt Mobile (http://www.huntmads.com/) líder no que a tráfego em Latam se refere, não tem disponível Windows Phone na sua plataforma. Assim como também não tem Mobpub (http://www.mopub.com/) ou Admel (http://www.admeld.com/) entre outros.

Esta falta de disponibilidade na plataforma não é para nada um grande impedimento, e esperemos forme parte do processo de expansão da plataforma e da adoção com a mesma naturalidade com que tem se feito iOS e Android. Por quê digo isto? , levemos em conta que o mercado da publicidade em aplicações significou um revenue de $3.3 billões durante o ano 2011 para o mercado global e para o ano 2012 se espera seja 4 vezes mais. Isto significa um grande investimento por parte das empresas e grande retribuição para os que publicamos aplicações que incluem banners.

Conclussões:

O acesso ao desenvolvimento na plataforma é muito fácil, estão todas as ferramentas disponíveis, grátis e com uma linguagem conhecida (no mínimo para começar). Avançados, deverão aprender Silverlight e XNA.

Tem muito boas equipes, sobre tudo as da Nokia, mas a plataforma requer ainda mais tempo no mercado.

Tenho certeza que logo Exchanges e DSP estenderão suas plataformas para Windows Phone para salvar o gap que existe atualmente no que se refere a entrosamento com plataformas de Advertisement.

Com o lançamento de Windows 8 Microsoft fecha o círculo, permitindo que os usuários possam manter viva sua experiência de ponta a ponta passando por seu desktop até seu dispositivo mobile com a mesma interação e usabilidade, um grande ponto a favor.

Não duvido, tem que apostar e esperar, esta plataforma está dando briga.

Fonte e Referências
http://wp7applist.com/en-US/stats/
http://mobithinking.com/mobile-marketing-tools/latest-mobile-stats